por Gil Navalho
Fiz ontem um primeiro voo com a minha FR3 novinha! O voo já foi ao final da tarde, o vento estava meio fortito mas deu para ter uma primeira ideia do comportamento da asa. As diferenças relativamente à FR2 são:
-A FR3 é maior, pelo que a carga alar é menor. Deste modo, as reacções são muito mais suaves. O pitch quase que é auto-estável;
-É muito menos reactiva e dinâmica que a FR2. A FR2 parecia que tinha a suspensão de um kart (asa com reacções bastante duras e rápidas). A FR3 pareceu-me ser um coordeirinho em comparação com a antecessora;
-Bastante mais sólida, não tem tendência a trabalhar as pontas, não havendo quebras a meio perfil segundo um eixo vertical;
- Gira mais lento que a FR2, mas parece-me que derrapa menos; -Parece-me que o afundamento mínimo é fora de série. Finalmente vou conseguir ser dos mais altos nas térmicas :-)! Fiquei com a ideia que terá muito bom rendimento em térmica
-O acelerador é muito leve, mas ainda não consegui testar os planeios a diferentes velocidades. A asa permanece bastante sólida de acelerador e muito menos reactiva que a FR2; Bastante mais fácil de inflar que a FR2;
-Consegue-se fazer orelhas (algo impossível na 2). A FR2, é de facto uma asa com uma carga alar mt elevada. Na minha opinião não é uma carga alar mais elevada que te prejudica a taxa de subida em térmica. Aliás, para mim a asa que melhor rendimento em térmica é a U3, que tem uma carga alar ainda maior que a FR2.
Em termos práticos com a FR2 tens uma asa com bastante mais pressão interna. No caso da FR2 quase toda a pressão está concentrada nas linhas A, pouca nas B's e nenhuma nas C's. Para teres uma ideia, para conseguires provocar um assimétrico na FR2 é necessário puxar a banda com as duas mãos dada a enorme pressão concentrada no bordo de ataque da asa.
A grande dificuldade em conseguir rentabilizar bem a FR2 em térmica prende-se com o controlo do pitch. Ela é mt sensível e esta variação faz perder rendimento. Sentia isso principalmente em térmicas fracas falhadas, porque se fossem fracas mas consistentes não sentia problema nenhum.
Uma carga alar mais elevda dá maior precisão na pilotagem, logo colocas melhor a asa onde queres. Isto poderá ser uma vantagem enorme em térmicas fortes e turbolentas, onde a maioria das asas têm tendência a ser atirada para fora.
O reverso da medalha são as reacções, que com maior carga são mais violentas. É o preço a pagar. Mas a pilotagem é bem mais divertida e...emocionante!
Quanto ao conceito a seguir...? Não sei, há vários conceitos neste momento, e parece-me que todos têm excelentes argumentos. Vamos a ver o que o Mundial nos irá dizer.
segunda-feira, fevereiro 05, 2007
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