segunda-feira, junho 23, 2008
PWC Castejón de Sos, Jun 14-21
por ClOudYo e Nuno Virgílio
PWC Castejón de Sos - 4ª manga
Depois do festival de reservanços de ontem (6 no total), a pior surpresa estava reservada para hoje: pela manhã ainda havia um piloto que não tinha reportado.. bad feelings..
Ainda assim montaram uma manga a fugir da montanha pois previa-se desenvolvimentos pela tarde (CBs), esta malta não se contenta com pouco e então, chaga-lhe massa: 84km com a fugir para o plano, com uma perna bastante longa contra vento, a passar pelo vale que escoa do Turbon, foi um ataque em 2 ciclos pois à 1ª tentativa ficámos baixo, a cair que nem calhaus e sem progredir.
A malta lá se foi safando como podia, eu e o Cláudio subimos com um grupo fixe, cloudbase e siga, quando finalmente conseguimos passar no escoamento, cancelaram a manga. Houve bastante "discussão de café" sobre se teria sido acertada a decisão ou nem por isso, mas a verdade é que não estava para meninos, tal como ontem.
Mais tarde viémos a saber que o helicóptero de buscas localizou o Russo que estava desaparecido. Tarde de mais.... Aparentemente alguém reportou que o viu no golo e não se preocuparam mais até hj de manhã ele não estar na pensão. Não se sabe o que sucedeu e ninguém viu, nem ele comunicou nada.
Nuno
PWC Castejón de Sos - 3ª manga
Allö maltaaaa!!
hj mais um mangalho de 95 kilos com mais de metade da prova a ser bem dificil.
Uma perna contravento da 4ª pra 5ª baliza a criar muitas dificuldades a toda a gente.
Houve 6 reservas incluindo um por colisão entre 2 pilotos...
Eu andei bem baixinho a 20kmh e sozinho o que me estava a deixar ligeiramente preocupado, principalmente depois da tentativa de acelerar k acabou num engravatanço k mais uma vez só saiu com uma perda assimetrica...finalmente consegui subir e juntar-me à molhada num sotavento que serviu de sala de reunião da manada.
Aqui safei-me mais rápido que o mano e acabei por seguir com um bom grupo (Simmon Issenhut, Jeremie qq coisa, urban valic e mais 1 tresmalhado numa up..).
não foi preciso arriscar muito pk já havia pilotos baixos à nossa frente a darem uma ideia de como o ar se movimentava e facilmente ganhámos altura pro ataque final ao golo.
pata a fundo, ainda comi o jeremie (k vai estar no europeu) mas o urban e o simmon dão-lhe bem (e além disso voam de icepeak eheheheh) devo ter acabado nos 15-20 primeiros e o mano nos 40... muita gente no golo de novo, e mais uma vez manga ganha plo cota k ganhou a 1ª manga... levei 12 minutos do 1º, e dei 15 minutos ao mano... devo subir mais umas posições.
esta prova ta renhidissima! hj de manhã estava em 58º a 300pontos do 1º!!!!
rhaztaaa
ClOudYo
PWC Castejón de Sos - 2ª manga
Ahhh pjé!!
Este spot é mm brutal.
Só xgámos indagora (23:50h) demorou mais a viagem de carro que o voo todo...
Foram 140 kilos sempre a dar-lhe. Havia umas idas e voltas na zona do take-off e depois "distance to goal: 108km" 8) Os primeiros 75 foi sempre de crista em crista, na nuvem, depois veio uma passagem mais tricky, tivemos de atravessar um vale bastante largo com o vento a escorrer e logo depois um colo mt alto, a malta toda a mandar-se pó sotavento pa subir, a agarrar o txã. Esta foi a parte mais hardcore, proibido olhar pa baixo: tiger land sem aterragem alguma.
Enfim, lá passámos e mudámos ligeiramente de direcção, por outro vale afora, desta vez sem conseguir subir tanto, com menos nuvem e mais vento, foi onde perdemos o grupo da frente e nos atrasámos. No final, a cerca de 7km, tinhamos 8,5 de glide to goal, e 60km/h (vento de costas) o que parecia fácil acabou por não ser tão simples, e o Cláudio acabou por ficar curto, 200m antes da linha (embora conte o golo, pq têm akele sistema dos 1000m para o tempo, passar a linha pa validar) Impressionante o andamento e o nível da prova, xgaram cerca de 80 pilotos ao fim, apesar da dureza de algumas passagens (por falar nisso, nova técnica comprovada: pa sacar um engravatanço, é meter um spin/perda assimétrica e siga.
Mas atenção, não tentem isto no vosso quintal, a não ser em caso de necessidade, ya?)
Entretanto devem sair results.
Amanhã deve ser outro mangalho mas desta vez uma triangulação ou ida e volta, pa aliviar a coça da viagem de carro do golo.
HAsta
Nuno e ClOud Yo
PWC Castejón de Sos - 1ª manga
A 1ª manga realizou-se hoje, com descolagem tardia devido à muita humidade proveniente da chuva dos dias anteriores, a condicionar a base das nuvens à altitude da descolagem (2400m).
Voámos um circuito de cerca de 40km, em cerca de 1h:05m, com chegada massiva no final, de praticamente todos os pilotos, e os lugares da frente a serem discutidos ao segundo. Em cerca de 2minutos devem ter chegado 50 gajos...
A manga não começou da melhor forma para nós, eu mais baixo o Nuno a meio do pelotão, na vinda eu era mesmo o piloto mais baixo de todos, mas fui tb o 1º a apanhar a térmica o k me permitiu ganhar algum tempo e rapidamente chegar à nuvem.
O Nuno voltou a atrasar-se aqui um poukinho. Na baliza seguinte era uma questão de escolher uma boa linha junto à nuvem, recuperámos ambos lugares e na térmica seguinte foi um vê se te avias. Eu cheguei rápido à nuvem e decidi arriscar tudo ao partir na frente pra ante-penultima baliza.
Cheguei + baixo k todos e tive de voltar a tomar a decisão.
Arrisquei um sotavento k me levou a perder um pouco de tempo a subir.
Quem veio atrás de mim marrecou, e o resto da molhada seguiu um caminho completamente diferente indo por um venturi e subindo rapidamente.
A partir desta penultima baliza foi o ataque final, Nunão com o grupo da frente a meter o 2º degrau ao serviço picanço da ultima baliza e upa 3º degrau metido nas unhas dos pés pa dar + um cagagésimo\h :D Eu devo ter
chegado nos 70-80, Nunão nos 20 1ºs....
Entretanto devem sair os resultados, vamos dando informações.
Os próximos dias prometem.
rhaztaaa
ClOudyo
Castejón dia 3 Liga Espanhola + PWC
Ontem foi a última manga da Liga Espanhola, com muita gente a voar, na competição, e mts a treinar para a Taça do Mundo. 68kilos, com groundstart (!) umas balizas ali perto da descolagem e depois a tirada final de 45km para o golo, ao longo das cristas.
O cenário é brutal, vários picos de 3000m, com mta neve, vales verdejantes e algumas passagens mais hardcore, sem aterragem aparente. A verdade é que o sítio funciona mt bem, e mesmo na sombra da nuvem dá pa subir, se se atacar os spots correctos. Eu e o Cláudio começámos bem, embora tenhamos descolado uns minutos depois do start mas apanhámos a malta nas 1ªs balizas e na penúltima subimos bastante no vale, numa nuvem isolada. Aqui optámos por seguir directo na direcção do golo a atacar uma crista bem á frente enquanto que a maior parte do pelotão voltou para a encosta, seguindo mais baixo, mas bem rápido.
O Cláudio foi totalmente pelo vale, nos barlaventos da nuvem e eu segui mais coiso. A minha decisão não foi a mais acertada e acabei por perder algum tempo. Fikei sozinho numa parede, a lamber o calhau, até conseguir subir o suficiente para atravessar um vale sem aterragens.
lá segui, mas mt atrasado, embora tenha conseguido impôr um andamento fixe a recuperar lugares, juntei-me ao Cláudio e mais uns quantos na última parede que tínhamos de transpôr pa xgar ao golo no vale, com vento de cauda. aqui foi só subir 50 metrinhos acima da crista e pata a fundo.
o Cláudio atrasou-se um pouco pq embora tenha xgado antes á parede, estava mais baixo com tudo à sombra e demorou mais a ganhar os tais 50 metrinhos...
resultado, cerca de 25 no golo, eu em 5º, Cláudio em 14º. Hoje, 1º dia da Taça do Mundo, com a meteo a ficar feia, cancelaram a manga. Tava um grizo dakeles na descolagem (aos 2400m!) Como a previsão era pa piorar e inclusivamente chover, viémos de coche para baixo, enquanto mais de 100 pilots descolavam para o voozinho higiénico.
Cedo deu pa ver que a nossa decisão de não voar foi a mais correcta, a chuva chegou rápido e o vento canalizou no vale. Tudo de orelhas sem descer nem andar pa frente e levar com chuvinha em cima... Vimos alguns a tentar aterrar na encosta para evitar a ventania no vale.
Infelizmente houve um acidente que ainda não sabemos bem da gravidade, mas aparentemente foi um espeta na encosta, numa zona íngreme e de difícil acesso.
Fizemos o apoio possível com o rádio entre o piloto que aterrou para socorrer, e a organização - já que estes não estavam alerta e nem sequer tinham os rádios na freq. de emergência... incrível.. organização a falhar logo no 1ºdia.
A ver como corre a partir daqui, vai tar mau mais um ou dois dias, depois parece bastante bom. Hasta!
Nunão e ClOudyozÃo :D
Resultados PWC Castejón 2008
sábado, junho 14, 2008
Castelo de Vide-Mérida, 111 km
por Paulo Reis
Após a descolagem de Castelo de Vide foi difícil subir até aos 2500m antes de sair do vale. Dirigi-me para a encosta de Porto da Espada em seguida bastante alto.
O vale de Porto da Espada não funcionava e estive à espera de conseguir sair do buraco durante algum tempo e quando estava pronto para deitar a "toalha ao chão" e ir aterrar, apanho um "Bip" fraco e decidi ficar ali à espera que aquilo se tornasse numa térmica e lá fui subindo que nem um caracol no meio duma auto-estrada. Aquilo era mais mocada seca, do que térmica!
Lá consegui sair dali e decidi ir para trás e forçar contra-vento (20 kms/h na tromba) para tentar seguir a estrada e o plano que tinha combinado com o pessoal que foi comigo.
Nessa altura estava à esquerda da Cordilheira que segue para Cáceres ("no man´s land") e se continuasse naquela rota, a deriva levar-me-ia para uma zona de pequenas montanhas, aterragens manhosas e muito poucas estradas. Voltei para trás a fazer serrotes depois de decidir que não ia (ser Anarca :-)) e seguir em direcção a Cáceres, ao contrário de todos os outros pilotos que partiram para distância.
Estava numa zona com poucas estradas, onde teria de caminhar algumas dezenas de kms a pé se tivesse de aterrar por ali.
Correndo o risco de ficar pelo caminho, decidi voltar a fazer serrotes até um local onde pudesse seguir uma estrada alcatroada. Antes de tomar a decisão de voltar para trás, falei com a Sílvia e Eusébio pelo rádio que me disseram que todos os pilotos tinham seguido muito mais para sul e eu conseguia avistar duas cidades grandes nessa direcção.
Fui fazendo serrotes até conseguir ficar alinhado com a nova rota (sudeste) que decidi seguir pois parecia-me a mais certeira para ir na direcção do restante pessoal. Com esta brincadeira toda, perdi duas horas antes de começar a cobrir "terreno a séria".
Logo que consegui começar a ir na rota que pretendia, foi sempre a facturar quilómetros, pois existia térmica com fartura por todo o lado e as aterragens deixaram de ser uma preocupação.
Apenas fui gerindo a altura que tinha e não queria baixar muito, pois acima dos 1800 havia umas confluências jeitosas e a térmica ficava mais consistente. Abaixo dos 1500m tornava-se trabalhoso voltar a subir.
Foi apenas um voo de gestão onde apenas usei o acelerador no inicio para voar contra-vento e tentar fazer a ligação com a estrada que seguia para Cáceres. O voo acabou por ser bastante tranquilo e longo, algo que eu não julguei possível depois das primeiras 2 horas de voo.
Durante o voo ainda houve uma altura de "compasso de espera" pois fui apanhado por uma camada de cirros bastante espessa que fez com que as térmicas escasseassem por um curto período de tempo. O engraçado foi que quando saí dessa situação, mal apanhei uma zona de sol sem cirros, aquilo começou a soltar térmicas com fartura e consegui ir a boiar durante bastantes Kms a aproveitar uma zona de confluência estranha.
Voei 5 horas até esgotar as térmicas todas que fui atropelando e estava com energia para voar até ao anoitecer, num dia estranho onde se descolou tarde (até deu para almoçar de faca e garfo), onde enjoei (quase "gromitei") na viagem de ida e não me apetecia voar, onde estive prestes a aterrar no vale de Porto da Espada que estava sem bombar nada e parecia uma "panela de pressão estragada"!
Fui salvo por uma térmica fraca e turbulenta que me levou até à fronteira atrás e se tornou consistente à medida que subia e derivava para trás. Fiquei com a sensação de que se tivesse seguido a rota de Cáceres, teria conseguido cobrir muitos mais Kms, pois já conheço essa rota de frente para trás e de trás para a frente e a deriva era muito mais forte nessa direcção.
No final, adorei ter conseguido ir numa direcção que não conhecia e que me pareceu brutalmente interessante para voos futuros. O terreno é plano, consegui identificar alguns gatilhos de térmicas interessantes, existem muitas estradas para aquele lado e as recolhas acabam por ser muito mais simples nessa direcção, pois voa- se perto da Auto-estrada E-90.
Ao aterrar em Mérida (às 20.30h) e após ter atendido 3 telefonemas em voo antes de aterrar e durante o planeio final, soube que o Saiote também tinha aterrado por lá e que tinha chegado 1.30h antes de mim.
Juntei-me a ele, depois de 5 kms a "alombar" com a asa às costas, pois aterrei no lado Este da Cidade e ele estava no lado Oeste e a "mamar survias" que nem um bêbado na Plaza de Espanha local. Foi a primeira vez que o vi alcoolicamente satisfeito, a falar pelos cotovelos e a rir-se descontroladamente. Afinal era o seu primeiro voo de 3 digitos :-)
Parabéns Saiote Anarca!!!!!!!!!
Bons voos e divirtam-se a voar,
Paulo Reis
Vídeo do voo
Tracklog na Liga XC Portugal
P.S: A parte chata foi ter sabido mais tarde, que muitos pilotos não conseguiram sequer sair de Castelo de Vide a voar. Continuem a insistir, pois o local não é fácil, mas vale a pena!
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