domingo, outubro 25, 2009

AraxÁ open series 2009, Out 3-9

por Paulo Nunes










Como alguns de vcs já sabiam, foi uma seita de 6 tugas até Araxá ( cantinho paradisiaco em Minas Gerais ), um local de voo muito interessante, que nos deixou a todos maravilhados.
Fomos brindados com uma hospitalidade fantástica, o Durval Henke ( esteve cá na compt. de Macedo ) foi um anfitrião incansável.
Uma Fauna e Flora muito rica, paisagens lindas, boa comida e barata, muitas gaijas e simpáticas como o milho, em 8 dias voámos 6, mas com muitos a serem interrompidos pelo aparecimento de Cumulocunilingus...
Aqui fica um vídeo, ARAXÁ 2009, com alguns momentos de voo, boa disposição, passeio e convivío espero que gostem e fiquem com vontade de conhecer o local, eu espero lá voltar!
O local é muito verdinho nesta altura do ano, pois é hábito haver descambanços com fartura.
A altura mais seca em que se fazem mais KMSSSS é no nosso verão, mas segundo os locais, Setembro e principio de Outubro costuma dar para voar muito bem também.
A descolagem dá para cerca de 10 asas ao mesmo tempo descolarem, tem 2 restaurantes e sempre muita assistência, mas a área de "despegue" é reservada aos pilotos.
Existe muito onde aterrar, mas há o senão de podermos ter de caminhar muuuitos kms até á estrada de terra mais próxima, sabendo que as cascavéis, Onças e lobos não costumam atacar, não há stresses.
Como o formato de competição era de distância livre, havia apenas 1 ou 2 balizas para colocar o pessoal sobre as estradas principais ( de terra batida ) e depois era XC á vontade de cada um , isto limitou o n.º de mangas, pois fazendo umas idas e voltas na área de descolagem e montanha que dá um apoio fixe ( cerca de 30 kms de parede ) tinha dado para arrancar pelo menos mais 2 mangas.

Próxima FAI 2 que lá houver vou tentar ir !!!

O meu vídeo:
ARAXÁ 2009.


quinta-feira, outubro 22, 2009

Análise do acidente com piloto Gonçalo Velez por Bob


por Roberto Pereira (Bob)

Sem ler a análise postada pelo piloto Cláudio Virgílio, apenas como exercício a todos das teorias básicas do voo livre e a fim de criar um forum de discussão onde possamos trocar idéias e com isso melhorar nossos conhecimentos teóricos, segue abaixo minhas impressões sobre o acidente.
Dividi o acidentes em três fases, que apesar de muito rápidas, na minha opinião, são eventos bem identificados que podem ser claramente visualizados.

Primeira fase (do segundo 0 ao segundo 04)
O filme inicia no segundo "0" com a vela desinflando, as pontas indo para frente e o piloto caindo claramente para trás. Não é possível saber o que aconteceu anteriormente mas certamente estes sintomas são de um stall e depois um fly-back, a vela estolou e no caso do piloto continuar freando ela entra em voo para trás. Esta manobra é treinada em cursos de SIV para resolver um problema de gravata ou uma fechada grande em que a vela entra em giro violento e não reabre.

Segunda fase (do segundo 04 ao segundo 09)
Nesta fase provavelmente o piloto levantou a mão, que é a manobra normal ao se sair de um fly-back, porém quando a vela passar por sua cabeça no caminho de um grande avanço, os freios devem ser acionados violentamente e liberados longo em seguida, manobra conhecida como "créu" e assim evitar o avanço e/ou front. No caso acima provavelmente o piloto usou o freio por muito tempo e a vela entra em novamente em stall e novamente em fly-back.

Terceira fase (do segundo 9 em diante ... )
Após o segundo fly-back o piloto levanta a mão para que a vela volte a voar. É possível ver claramente no segundo 8 que o piloto levanta a mão quando ainda estava de costas para o chão. A saída do fly-back se dá quando nas várias cabeçadas que a vela dá (nesses instantes o piloto ou está olhando pro céu ou está olhando pro chão, alternadamente), SOMENTE quando o piloto está virado para o chão e no instante (segundo 8) ele está virado para cima. Por esse motivo a vela tem um avanço violento e certamente a manobra créu não foi suficiente ou veio atrazada. A vela avança rapidamente quase para baixo do piloto (!!!!!), dá um front e desmonta.

Conclusão:
O piloto entra em uma série de stalls e fly-backs. O tipo de incidente não é característico de rotor pois nesses casos a vela geralemente avança em um dos lados ou ambos. O que ocorreu é que inicialmente há um stall causado pelos fatores conhecidos por todos. Este stall incial é o causador da sucessão de eventos que culminam com o choque no chão. A causa mais normal de stall é freio excessivo e o fly-back é a continuação da atuação desse freio. A saída do fly-back se dá em um momento específico e de uma forma específica já citado acima, o que não foi realizado corretamente.

Tenho a satisfação de informar a todos que o piloto está bem e se recupera rapidamente.
A intenção deste texto não é de maneira alguma fazer uma crítica ao piloto, nem tem a intenção de se esgotar em si mesmo (outros pilotos podem e devem ter opiniões diferentes que são muito bem vindas). Este texto tem como objetivo divulgar um ponto de vista e com o debate melhorar o nível técnico de todos, principalmente deste que vos escreve.

Bons, looongos e seguros voos
Bob
Cearavoolivre