segunda-feira, agosto 21, 2006

76 km do Arrimal para SE -> Rebocho, 19.08.06

por Nuno Virgílio

Pois é, eu achei que não valia a pena ir novamente pá Serra da Estrela. O potencial do dia pa XC era bom, mas a direcção do vento e o tecto baixo condicionavam um bocado a coisa. Temos bastantes alternativas na zona pa este tipo de condições e o problema foi mesmo optar.
O Arrimal tem uma recolha fácil e rápida em caso de marreca, e pa trás é logo a planície do Ribatejo, embora os primeiros km sejam densamente arborizados e sem grandes possibilidades de aterragem (aliás tal como a parte final do voo, já bastante depois do Tejo).
A outra alternativa seria o Alqueidão da Serra, que tb bomba
bem, a parte inicial é muito mais segura e já provou funcionar bem anteriormente. No entanto as eólicas logo ali, com o tecto baixo e algum vento que se previa, tornaram a escolha óbvia.

O Gonçalo Velez ligou-me na 6ª e combinámos encontrar-nos por volta do meio dia. A esta hora já estavam os ciclos bem definidos, cúmulos por todo o lado, embora em demasia, havia muita sombra.
Descolámos e aguentámos num termodinâmico a ladeirar, até apanhar o canhão lá pa cima. Na primeira térmica não subi logo ao tecto e como o Gonçalo não apanhou nada, resolvi voltar pá encosta e esperar por ele. Além disso achei que seria melhor esgotar a ascendente e sair na nuvem.
Assim foi: 1300 na base, a saída a direito deu mais 200 metritos dentro da gaja, pa lavar a asa que tinha alg
um pó ;)
A vista da saída pelo meio da nuvem deixa-me sempre embasbacado, havia alta visibilidade e o cenário era fantástico. Mais á frente consegui distinguir perfeitamente á esquerda a Serra de S. Mamede-Marvão e á direita a Arrábida!!, via-se o país de "costa-a-costa"!!!
Lá segui de nuvem em nuvem, estava tudo marcado mas era difícil encontrar o núcleo das ascendentes e a esta hora os alinhamentos ainda não estavam bem definidos. Lá atravessei o Tejo, por cima de Santarém, Almeirim e por aí fora, com alguns pássaros a ajudar (águias e cegonhas) O tecto foi subi
ndo mas as transições eram sempre longas, baixas e o terreno começou a complicar.
Poucas estradas, poucas aldeias e muitas árvores.
Estive quase no chão numa aldeia, onde já tinha escolhido o campo de segurança e ouvia os miúdos aos gritos, mas o boianço levou-me a um canhão bem potente e fui de novo lá para cima. Entretanto perdi o núcleo e desconcentrei-me. Não fui á nuvem desta vez e o erro foi fatal. Última transição e pró chão, ainda apanhei uma bolheca, já
muito baixo, mas não arrisquei pq n tinha alternativas de segurança, só árvores. Aterrei ás 15:30.
Resultado: 76km em 2horas de vôo!
Não está mal mas o dia
tinha potencial para muito mais, fui totó. Esteve um cúmulozaço bem escurinho a bombar durante uma hora no enfiamento do campo onde aterrei...
Mais tarde pareceu-me que o vento mudou ligeiramente de direccção e aumentou de intensidade pois finalmente notavam-se as estradas bem definidas e mais espaços azuis.
Em dias destes é fundamental não perder a paciência e assegurar tudo até ao tutano, manter-se no ar, de preferência alto. Com esta média e a aproveitar o dia até ao fim... bom, é só fazer as contas ;)

quarta-feira, agosto 09, 2006

Azinha-Castelo de Vide, 106 km, 09.08.2006

por Paulo Nunes

A competição ( Dutch Open ) acabou no sábado, e para partir a viagem de carro ao meio, decidi passar pela Azinha e tentar fazer um pequeno voo no domingo antes de regressar a casa e a mais uma semana de trabalho;
Mas a verdade é que o dia acabaria por me contemplar com umas condições fantásticas que por mais exausto que eu estivesse não me podia dar ao luxo de desperdiçar Eu, o Nuno Virgílio, Eduardo Lagoa, Gonçalo Velez, Carlos Fonseca (manhosos) descolámos mais tarde que muitos pilotos que já voavam pelos vales da Azinha, quando a térmica já rompia bem a inversão dos 1500, descolei e apanhei logo uma que me meteu acima dos 2000, até aos 1500 a coisa estava mesmo mexida , muita porrada, alguns fechozitos, dava para deixar a marca de uma moeda de 2 euros (mas em castanho) no cuecame. Assim que me apanhei perto dos 2200 achei que estava na hora de ir andando para o plano, lá vou eu a caminho da Lardosa, mas assim que passo a encosta da Covilhã fiquei um pouco “barata tonta” e lá tentei um local que me pareceu que iria pingar, um monte ao lado de um aglomerado de casas com um lagozito perto, tinha de dar, mas eu não estava confiante ( e isso é mau) ainda assim lá estava uma bolheca para me deixar subir novamente perto dos 1800, olho para a Covilhã e vejo o Carlos Fonseca a passar e a encontrar uma bela térmiconaça, vou direito a ele sem demoras e quando lá chego já ele estava no tecto e eu baixinho, mas como a coisa ainda bombava não tardei a ficar ao lado dele, olho para trás e vejo que o Eduardo vinha direito a nós, decido esperar por ele, uma excelente companhia de Cross, o Carlos mais impaciente comete o erro de se lançar á frente para o plano, sozinho e não tardou a marrecar passados uns 7-8 kms dali ( cerca de 25-30 da azinha ), eu fiquei no engonhanço e a esperar pelo Edu que rapidamente subiu uns 1000 metros e ficou ao meu lado, arrancamos os 2, ele á frente e eu ( á mama ) até á crista seguinte ( as cristas estavam a funcionar ) ainda bem que esperei, estava numa de apostar no plano tb e iria lixar-me, o Edu faz o favor de me dar boleia até á Gardunha ( eu no encalce dele, sempre á mama ), quando chegamos á Gardunha achei que já estava a abusar da mama e decidi tentar ser útil e apesar de mais baixo sigo sem ir á boleia, a tentar encontrar também uma térmica, para não me sentir tão parasita oportunista, lá consegui desencantar uma, mas o Edu nem me ligou, ele encontrou logo um núcleo melhor e mantinha-se mais alto que eu, olho para a barragem da Lardosa ( era ali o golo ) numa das mangas da Azinha que estão definidas pelo mestre Baía, decido arrancar em direcção a esse objectivo com o intuito de aterrar, eis se não quando vejo o Nuno Virgílio ao meu lado esquerdo em direcção á Lardosa, mas já numa térmica á maneirex tento ir agarra-la, mas chego lá já MUITO baixinho, lá tento lutar para subir e agora motivado a voar mais, pois via o Edu a ir no encalce do Nuno e os 2 a subirem bem, inicialmente penso que eles estão a engonhar a esperar por mim, mas depois apercebo-me que não, que eles iam seguir sem a minha companhia ( buááá ), então pacientemente subo até aos 2500 ou mais e sigo viagem, a sobrevoar a A23, vejo o Edu a aterrar mesmo ao lado da estação de serviço de Castelo Branco, mas como apanho nova térmica que me leva acima dos 2500 não tive duvidas, era para seguir viagem, então sobrevoo Castelo Branco acima dos 2000, e bem abaixo dos 1000 andava um pequeno avião ( avião = é uma merdice que precisa de motor para voar! ) vou seguindo viagem e o vt vai rodando a N e mais tarde NW, sobrevoo o Rio Tejo e começo a identificar o Marvão lá á frente, ao final de quase 5 horas de voo, estava exausto, sem ter posto protector solar, doía-me o focinho do escaldão, começou a faltar-me capacidade física e consequentemente mental para voar mais hora e meia de dia que ainda daria para voar e assim, acabei por nem enrolar a ultima térmica que passei e lá “marrequei” ao fim de 106 kms, numa terra chamada Póvoa e Meadas, ao lado de Castelo de Vide. Ainda tive oportunidade de partilhar uma térmiquita com um abutre já no final do voo, mas o gajo bazou, nem deu para o seguir pois ele foi na direcção errada ( coitado devia estar sem GPS ). Aterrei ao lado de uma estrada ( claro ) com muito cuidado com os fios eléctricos, é do pior, aterrar exausto, se não nos aplicarmos a fundo dá merda mesmo no final !!!!!!!!! Um jeep com um dos bombeiros mor de castelo de vide, disponível para me dar boleia, e agora é que vem o mais incrível : 20 minutos depois de ter aterrado estava com uma cerveja na mão e a minha carrinha e o meu amigo Saiote ao meu lado!!!!!! Não é que este nosso companheiro veio andando da Azinha, ele no meu carro e a Iva no deles, sempre na direcção de Nisa, pois supôs ( e MUITO BEM) que eu estivesse por estes lados. Muito obrigado mais uma vez por esta recolha, que nem na Fonte da Telha é tão rápida, quanto mais ao final de 106kms.
Soube mais tarde que o Nuno Virgilio tinha aproveitado por completo o dia de voo e como piloto de excelência que é fez 160 kms. O Gonçalo “Veloz” fez um belo voo de 96 kms (parece que aterrou para os lados de Mação), o Edu cerca de 60kms,o Carlos Fonseca 25 kms, e bastantes pilotos voaram bastante pelos vales de verdelhos e da amoreira, enfim, um grande dia de voo a partir de um dos locais mais potentes do país.
Neste link podem visualizar algumas fotos dos últimos 15 dias de voo(*): http://paulonunes15.myphotoalbum.com/slideshow.php?set_albumName=album01
Até breve

Paulo Nunes
09.08.2006


(*) S
eleccionei esta:

Azinha-Estremoz, 159 km, 06.08.06

por Nuno Virgílio

Grandes voos no Domingo (Ago 6), apesar do vento Norte-Nordeste, que todos sabemos turbulento e desagradável de voar q.b. Ao sair do interior da serra a coisa acalmou, embora também inicialmente as condições ainda não estivessem completamente organizadas.
Tecto bastante mais baixo que na previsão: a minha média foram os 2200m, com uma ou outra a subir um pouco mais, e na parte final do voo (últimos 40km) nunca passei pra cima dos 1300m. Pelo rádio estava em contacto com o Paulo Silva que tb fez um belo voo a partir de Mação e onde reportou tectos de 2900.
O combinado entre os pilotos na descolagem foi tentar a manga para a barragem de Lardosa, perto de Castelo Branco, e vários conseguiram. Ao chegar apanhei a melhor térmica do dia, que me distanciou do Edu e do Paulo Nunes, e lá continuei sozinho (Confirma-se o mito que no golo sobe-se sempre).
Já conhecia parte da rota, de um voo no ano passado, onde fikei perto de Nisa, e lembrava-me das estradas com longas rectas e
planície aberta a perder de vista. Muito seguro e fácil para recolhas, forcei a rota para lá, pq não me apetecia andar kilómetros debaixo dos 40º que estavam, em caso de marrecanço.
De novo confirmei o visual de cortar a respiração por cima das Portas do Ródão, onde um grupo de abutres se me juntou. Um deles fez-me o especial favor de largar uma cagadela em cima, por isso afastei-me deles entre insultos e gargalhadas - parecia um malukinho, a mandar vir com um bando de pássaros, como se o ar fosse o meu elemento natural e eles estivessem ali a mais
A partir daí foi sempre "segue-segue, recto, num-bira". Com a tal situação de não subir muito, mas tb não descer, parecia deslizar numa almofada de ar quente - à excepção de um ponto baixíssimo por volta do km 120, onde estive quase a aterrar num campo cheio de touros.. acho que isso foi a motivação pa subir de novo, e lá fui.

Deu pa confirmar várias teorias clássicas co cross-country:
-O sotavento das aldeias funciona sempre
-As barragens são tiro certeiro
-As florestas, ao final do dia, não falham, com a restituição
-Os campos com touros tb bombam bem (ou não...)

Resumindo, esgotei o dia, aterrei quase ás 20:00h e pouco depois de caminhar até á aldeia mais próxima (st. Amaro, já bastante perto de Estremoz), anoiteceu. Penso que saindo uma hora, talvez antes, mais cedo, num dia com nuvem, seja possível um vôo realmente grande, por esta rota, que me parece muito boa mesmo, pelos acessos e povoações bastante próximas umas das outra. Évora é logo ali!!
-A "travessia dos 3 rios" foi cumprida em parte, uma vez que no sábado não deu pa grandes esticanços... o Zêzere e o Teja já cá cantam, o Douro fica prá próxima.
-Mudei um pouco a ideia que tinha dos Alentejanos: ninguém deu boleia a um pobre piloto, exausto, transpirado e com uma mochila enorme e pesada ás costas... mas radiante e feliz da vida ;)

Ainda não consegui pôr o voo na LigaXC, mas podem entretanto ver aki os detalhes:
http://www.paraglidingforum.com/modules.php?name=leonardo&op=show_flight&flightID=3225

Nuno Virgílio
08.08.06

sábado, agosto 05, 2006

Redinha-Tancos, 55 km


por Roque Santos

No passado dia 5 de Agosto efectuei um voo de distância entre a Redinha e Tancos. A distância em si, 55 Km linha recta e 60 Km OLC, não tem nada de especial se a comparar-mos com as distâncias efectuadas pelos nossos "tubarões" do XC, mas, para mim teve um gosto especial por ser o meu próprio recorde pessoal e pelas condições em que o mesmo se realizou, ou seja completamente a solo, sem qualquer preparação prévia de recolha e assistência e sem conhecimento prévio do trilho e do mapeamento das térmicas utilizadas.

A Redinha é um local de voo que, juntamente com a Azinha passe o exagero, se destaca completamente de todas as outras que conheci neste país, que não são muitas, devo confessar.
Se na Azinha se pode voar e praticar XC como se faz lá fora nos Alpes e outros locais típicos de alta montanha. Podemos também aí sentir o que são as grandes térmicas que nos podem levar rapidamente da descolagem a alguns milhares de metros de
altura como se fossemos autenticas "balas de canhão". Podemos também marrecar quando, na maior parte das vezes por nabice, entramos numa descendente irrecuperável e aterrar numa encosta qualquer próxima do skiparque, como já a mim me aconteceu.
Na redinha é diferente a dimensão do voo. É um local pequeno, com pouco desnível (cerca de 150 m), orientado a NW. Aqui a particularidade é que há quase sempre sustentação com ventos fortes ou fracos, quer seja térmica, termodinâmica ou apenas dinâmica ou mesmo com ventos lisos tal como na praia. Dependendo da hora de voo e das condições do dia. Quando há calor e o vento NW ou W se associa, não temos os tiros de canhão da Azinha mas temos mais um tipo de tiros de metralhadora pesada que não é mais que o vento associado à térmica, ininterruptamente. O vento térmico sopra então furiosa e até temerosamente na descolagem. No ar faz-nos subir e descer como numa montanha russa ou pior ainda como se estivéssemos dentro de uma máquina de lavar, por vezes sem conseguir atingir alturas que nos permitam pôr rapidamente a salvo.
A não ser que o dia seja muito bom, é difícil fazer mais que 400/500 metros acima da descolagem.
Outros dia há que até se conseguem fazer uns tectos jeitosos na ordem dos 800 a 1200 metros que dão para sonhar com outros voos mais distantes.
O local também não é por si só muito convidativo ao XC por, as supostas trajectórias de voo sobrevoarem quase sempre zonas que, ou por serem muito arborizadas ou por serem muito irregulares ou por ausência de espaços abertos são quase sempre pouco adequadas e convidativas à aterragem inopinada.
Foi num destes dias que me propus a efectuar um voo de distância. Térmica azul, o vento estava NW fraco, a temperatura rondava os 37º. O tefigrama indicava um teto previsto para 2500 m com um bom gradiente térmico.
Primeira tentativa cerca das 14H00. Aproveitei a influencia da brisa de este e quando o NW não se fazia sentir ainda, tentei uma descolagem na esperança de encontrar um térmica suave, E encontrei de facto mas estava "invertida", pelo que quase empinheirei directamente nas árvores que ficam mesmo por baixo da descolagem. Passei com os pés a rapar nas mesmas e lá consegui aterrar à tanga na nova aterragem que apesar de tudo ainda deve distar para aí 1,5 km, com as curvas todas é claro, da descolagem.
Sem qualquer assistência, abandonei o material e desloquei-me a pé à descolagem. Trouxe o carro para baixo, carreguei de novo o material e desloquei-me de novo para a descolagem.
Eram cerca de 15h15 quando fiz a derradeira tentativa. O vento NW e a térmica à mistura já faziam sentir os seus efeitos na rampa. Com muito esforço lá consegui atingir os 800 m numa térmica esquisita que teimava em deslizar como uma cobra ao longo da crista. Atingido o teto útil derivei sempre sobre a crista do monte à sorte e ao que desse e viesse. O vário começou então naquele triste e lamuriento som de perda que não mais parava, até que mesmo ao final da pequena cordilheira, já com os pés quase a tocar no chão, encontrei as primeiras bolhas térmicas consistentes como até então nunca tinha sentido.
Subi, subi e, qual o meu espanto quando olho para o Flymaster e vejo mais de 2000 metros de altura. Isto já próximo da vila de Ansião. Com teto atingido a cerca de 2500 metros, continuei a derivar em direcção a Alvaiazere. Passei a perder sobre as três eólicas que estão no monte anterior à vila e, ainda sempre a perder, apontei em direcção entre a vila e a descolagem no intuito de aterrar na vila se estivesse demasiado baixo ou passar sobre a descolagem de Alvaiazere se ainda tivesse margem de manobra. Optei pela segunda alternativa e em boa hora o fiz. Passada quase toda a rampa de Alvaiazere a baixa altura e a perder, já mesmo no final consegui engatar mais uma térmica consistente que me levou a mais de 2500 m. Segui em direcção a Tomar. Ao longe via já o rio Tejo e a cidade do Entroncamento. Não havia quaisquer nuvens no céu, mas um forte cheiro e uma ténue nebelina provenientes da fumaça dos incêndios que, havia alguns dias, lavravam na região de Proença A Nova, arranhavam-me os brônquios e a garganta e propagavam-se no céu, tapando parcialmente os raios solares e fazendo baixar a temperatura ao nível do solo, matando assim as térmicas, muito antes das horas que um dia de calor intenso como este faria prever.
Próximo de Tomar, cerca das 17H00 e a perder altura de novo preparei-me para aterrar junto do RI15, quartel onde prestei serviço pouco antes de abandonar a tropa. Quando, mesmo à vertical do dito quartel, sinto começar a soltar-se uma suave e bem vinda térmica que foi o suficiente para me elevar a cerca de 1500 metros e foi quanto bastou para percorrer o lanço até junto à ex Base Aérea Nº3 onde me fui encontrar com os meus companheiros pára-quedistas em actividade que ficaram incrédulos quando lhes disse e mostrei no GPS a distância e alturas percorridas, mostrando eles alguma dificuldade em acreditar ser possível voar assim sem qualquer ajuda motorizada. Também eu pensava assim mas era num passado recente.
Contacto com os meus amigos das Asas de Pombal Daniel que junto com o Vítor, me fizeram a recolha.

No final não deixei de lembrar, alguns, "os Bons" amigos, com quem partilhei momentos de voo e adquiri conhecimento ao longo dos cerca de 3 anos e meio que tenho de prática de parapente, para poder agora aventar-me a estas fantásticos e inesquecíveis aventuras, de onde destaco, em particular, o Vítor Baía que me facultou, praticamente de borla, um manancial de informação e formação, na área da técnica de voo em térmica e em particular na meteorologia, de valor inestimável que contribuíram fortemente para o melhoramento da minha técnica e performance e para o incremento da segurança de voo.

Dados do voo:
Duração do voo 2:29:47
Distancia linha recta 55.90 km
Media 22.39 km/h
OLC Distancia 60.49 km (24.23 km/h)
Max velocidade 91.65 km/h
Max vario 11.5 m/sec
Min vario -4.5 m/sec
Max altitude (ASL) 2903 m
Altitude da descolagem (ASL) 372 m
Min altitude (ASL) 153 m

Roque Santos


"Encontra alguém que fique satisfeito com a tua felicidade e encontrarás um amigo"